sexta-feira, 26 de dezembro de 2008




"Onde escondem-se as palavras...em recessos sábios, contínuos, pútridos.
de longe veio a semente, plantada com a formosura da noite...
em letras tudo se dissipou, como os sentimentos.
Nunca ousei chegar mais perto de ti, do que tua sombra...
que as vezes penso ter sido a única a me acalentar nos braços...
será que fiz de ti algo maior do que pude tocar ?
E o que sentiu? foi o mínimo a ponto de não reclamar ao que faltou?
Não há mais importância...
Tudo morreu na calada da noite,
do modo com que morre a escuridão com a aurora do sol.
da forma com que tive de morrer, ao te ver partir."

quarta-feira, 12 de novembro de 2008




"Vá em frente...siga com cautela...
Vamos, não tenha medo...
dê mais alguns passos
enxerga ao longe, a mulher debruçada na pedra?
Ela parece chorar ao ver as estrelas...
e sente mais do que o céu lhe mostra ,seu pranto não é de dor...
Ela deixa o sereno cair sobre o corpo e rodopia na noite sem fim.
a alma está entregue, e tudo finalmente faz sentido.
Um sorriso no canto da face úmida.
Finalmente acredita nas palavras,
e tem um caminho a cruzar...
Um novo motivo, um novo brilho no olhar."

domingo, 12 de outubro de 2008

A Armadilha


"Pergunto à minha razão o que pode ter acontecido
Contigo pequeno ser de cores infantes... rosa, fogo...
Minha borboleta que esbanja raios, tornou-se gélida
Apagou-se...
Guardo a dor em meu peito...
Calo minhas lágrimas diante da armadilha
de algo que tornou-se obsessão
Onde guardei-te em um pedestal...
Mas vi...que sua cor apagou com o tempo...
que chora , e grita por socorro.
Deixei- te partir, planar em outros horizontes.
Mas que seja melhor...
Que bata tuas asas intensamente sobre o vento do qual sopro...
que te embalem até os mais altos precipícios..
Os mesmos dos quais voamos juntos."

Despedida



" Ainda lembro, de toda a graça que cabia entre nossos corpos
Todo o amor... Levado com o sopro descrente
Que me fez descer do céu ao inferno...
Lembro da cor, do sabor, do tempo em que tudo era florido.
Infelizmente, a primavera se vai...como se foi o teu olhar.
E agora descanso, nesse inverno
nesse mundo covarde onde me aprisonas..
Onde tudo é cinza.Onde em tudo há dor."